Sobre a rejeição das Opções do Plano e Orçamento do Município para 2019 Câmara e SMAS

A CDU votou contra as propostas de Opções do Plano e Orçamento para 2019 da Câmara e SMAS por considerar que as mesmas não defendem os interesses e anseios dos Almadenses, por não integrarem matérias estratégicas muito relevantes para o desenvolvimento do concelho, acentuando o caminho de retrocesso do primeiro ano do mandato do Partido Socialista.

Mais uma vez a forma como o PS conduziu o processo de construção e apresentação dos documentos junto dos eleitos da oposição confirma o desrespeito e, sobretudo, a ausência de vontade de aceitar os contributos que, seguramente, melhorariam as condições de vida dos Almadenses.

Apesar de, no Plano e Orçamento para a CMA, o PS propor, mas com um ano de atraso, dar continuidade a um conjunto de importantes obras lançadas pela CDU, ignora outras e esconde dos Almadenses a visão que tem para o seu futuro.

Destacamos:

Volta a não haver diminuição do IMI.

Não aprofunda o futuro do Plano Diretor Municipal, das Áreas Urbanas de Génese Ilegal, ou do Programa de Reabilitação Urbana lançado pela CDU, que tanto êxito alcançou.

Em matéria de Habitação. designadamente sobre o realojamento da população das Terras da Costa, iniciado pela CDU, não se vislumbra a sua continuidade. Não integra os instrumentos de trabalho desenvolvidos pela CDU com vista ao realojamento das pessoas do 2º Torrão.

Quanto à Mobilidade saúda-se a criação do Passe social único para a Área Metropolitana de Lisboa a preços mais acessíveis, reivindicação muito antiga da CDU para o alargamento e a redução dos preços do Passe Social Intermodal, e já inscrito no Orçamento de Estado para 2019, mas que em discussões anteriores contou com o voto contra do PS na Assembleia da República.

Mas ao mesmo tempo que se sublinha a importância do Tejo, nada se propõe ao Governo Central para a resolução da degradação da oferta, exigindo a urgente melhoria da qualidade, dos barcos da Transtejo; sobre a construção do apeadeiro/estação da Fertagus em Vale Flores ou sobre a urgência que há na construção da travessia Barreiro/Chelas, obra importante para aliviar a pressão sobre a Ponte 25 de Abril.

Assim como nada se diz sobre a necessidade urgente de abertura da A2 entre Corroios e a Cruz de Pau, absolutamente fundamental para retirar milhares de viaturas no acesso à Ponte 25 de Abril a partir da Rotunda do Brejo e Centro Sul; a reabilitação da 377 na Charneca, a eliminação das portagens na A33 e a abertura da Rotunda da Praça do MFA no centro de Almada.

Igualmente para as Áreas da Educação, Cultura, Desporto, Movimento Associativo Popular e Juventude o que está inscrito é manifestamente insuficiente, comprometendo o desenvolvimento de actividades de criação e fruição culturais.

Em matéria de Higiene Urbana, depois de um ano perdido com a interrupção no início do atual mandato do programa já lançado pela CDU, o PS, pressionado pela população e pelos trabalhadores, propõe-se agora colocar as responsabilidades nas freguesias.

De costas voltadas para os Almadenses - da frente Atlântica, da frente Ribeirinha ou do interior do Concelho - o PS, sem rasgo de imaginação e criatividade está perdido no tempo e perdido para as oportunidades que se oferecem à Almada e à Área Metropolitana de Lisboa. Está de costas voltadas para o Futuro.

Para que Almada não continue a perder, todos somos necessários.

Almada é o nosso projeto comum.

Almada, 09 de Novembro de 2018